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Projeto Raízes cataloga baobás de Pernambuco em mapeamento audiovisual

25 de agosto de 2025
em Sem categoria
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Uma árvore ancestral passa a ter seu primeiro mapeamento audiovisual em solo pernambucano. Trata-se dos baobás, espécie de origem africana que ganhou a atenção do Projeto Raízes por meio de uma pesquisa cultural. O projeto investigou e documentou a variedade existente em 12 cidades de Pernambuco, percorrendo o estado em busca das histórias fincadas em cada solo há cerca de 250 anos. Os registros das 20 árvores catalogadas estão disponíveis no site www.osbaobas.com.br.

Idealizado pelo pesquisador, diretor e ambientalista Mateus Guedes, e desenvolvido em parceria com a produtora cultural Ana Sofia, o projeto, iniciado em 2019, ganhou apoio do edital Funcultura Geral 2022, do Governo do Estado de Pernambuco, e percorreu as quatro macrorregiões pernambucanas. Nesta fase, foram catalogados os baobás das cidades do Recife (cidade com uma das maiores concentrações da árvore no mundo), Itambé, Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Ribeirão, Arcoverde, Serra Talhada, São José do Belmonte, Sanharó, Buenos Aires, Limoeiro e Vicência.

Cada árvore foi registrada em foto e vídeo e inserida em seu contexto geográfico, social e cultural por uma equipe especializada, formada pela historiadora Pallomma Darmnea, pelo arquiteto urbanista Marcelo Figueiredo e pelo botânico Gilberto Alves.

Um dos baobás mapeados é o que está localizado no Parque Jardim do Baobá, no Bairro das Graças, Recife, às margens do Rio Capibaribe. Com aproximadamente 17,5 metros de altura e 17 metros de circunferência, estima-se que esta árvore tenha cerca de 100 anos de existência, sendo um dos exemplares mais emblemáticos da cidade. O baobá das Graças foi tombado como Patrimônio do Recife em 1988, reconhecendo sua importância histórica e ambiental para a cidade.

Já em Vicência cresce um baobá centenário em um dos cenários mais carregados de memória histórica do estado: o Engenho Poço Comprido. Com cerca de 15 metros de altura e 8,5 metros de circunferência, estima-se que esta árvore tenha mais de 120 anos de existência, enraizada em solo marcado pelas heranças do período colonial e da escravidão. Ao fundo do baobá, avistam-se a antiga casa-grande e a capela do engenho, construções datadas do século XVIII, tombadas como patrimônio histórico nacional e hoje parte do acervo preservado do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

De acordo com o idealizador, o simbolismo da árvore ancestral foi o principal motivo para inspirar o projeto. “Não é só pela imponência ou beleza, é pela história que ele carrega. O baobá é um símbolo de resistência, uma memória viva de um povo que chegou aqui de forma tão brutalizada. Encontrar essas árvores espalhadas pelo nosso estado é como reencontrar fragmentos de uma história ancestral que precisa ser lembrada, respeitada e preservada.”, relata.

Ele destaca ainda a importância histórica da iniciativa e como o projeto pretende ser essa janela de exposição. “O Projeto Raízes busca, acima de tudo, reconhecer essas árvores como símbolos da resistência negra, da ancestralidade africana e do patrimônio natural e cultural do estado. Os vídeos apresentados formam uma galeria viva: são convites à contemplação, à escuta e ao reencontro com um tempo mais lento, profundo e conectado às raízes. Cada baobá conta uma história — do solo que o abriga, da comunidade ao seu redor, ao passado que resiste em sua casca espessa”, frisa.

Todas as imagens apresentadas no site do projeto disponibilizam audiodescrição como ferramenta de acessibilidade para pessoas com deficiência visual.

Preservação e educação ambiental

Outra etapa importante do projeto foram as ações educativas realizadas pela equipe, com o objetivo de reforçar a importância da presença e da preservação da espécie. As cidades de Vicência, Arcoverde, Limoeiro e Ipojuca receberam, entre outras ações, visitações guiadas aos baobás junto aos alunos da rede público de ensino, com contações de história ou atividades de pintura para o público menor, ou explanações históricas para os alunos mais velhos, além de plantação de mudas de baobás.

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