Clara Sobral é líder da banda Santa Clara e se apresenta pela segunda vez na Feijoada em Cartaz no dia 27 de setembro junto com Beto Barbosa e The Rossi no Maria José 2 em Caruaru. O evento é promovido pelos colunistas do Jotta e pelo titular do Blog, Thiago Lagos.
Em entrevista ao Jornal Extra de Pernambuco, Clara falou sobre a expectativa de se apresentar no evento, as novidades na carreira, as influências musicais, entre outros assuntos. Confere:
Por Joalline Nascimento
REDAÇÃO – O que você está preparando de novo para a Feijoada em Cartaz?
CLARA SOBRAL – Ainda não parei para preparar alguma coisa específica para o show. Mas o que estou pensando em fazer com a Banda Santa Clara é dar uma repescagem em tudo o que está na moda, de sertanejo, brega, axé… e fazer uma fusão disso. Esse já é, praticamente, o estilo da Santa Clara. Essa mistura de ritmos e batidas é bem a cara da gente. Sempre fazemos isso na intenção de animar todos os públicos. Espero fazer um show melhor do que o do ano passado.
JORNAL EXTRA – A Banda Santa Clara é tida como do gênero musical axé. No entanto, em Caruaru, a maioria das pessoas prefere o forró. Como o público recebe isso? É aceito?
CLARA SOBRAL – Nosso estilo é tido como do gênero musical axé por causa da batida e pela percussão da banda. Mas, hoje, se pegarmos o repertório da Santa Clara, tem muito mais forró e sertanejo do que, propriamente, axé. O que a gente sempre faz é pegar o que o público está gostando e colocamos uma batida diferente para fazer o show. O que fazemos de diferente é, por exemplo, pegar um forró da moda e levá-lo para a batida do axé. Então, assim, eu nunca tive problemas com relação a isso. Toda apresentação que fazemos em Caruaru, o povo adora. Embora seja classifica como axé, a Santa Clara não é só axé. É uma mistura de ritmos. Eu sempre brinco dizendo que a banda é um ‘bailão da Clara’.
REDAÇÃO – Neste ano, foi pedido para que todos os artistas que forem se apresentar na Feijoada cantem alguma música de Reginaldo Rossi. No repertório da Santa Clara, quais músicas do ‘Rei do Brega’ têm espaço garantido?
CLARA SOBRAL – No ano passado, na feijoada, Reginaldo tocou antes da Santa Clara. E eu tive o privilégio de dividir o palco com ele em algumas músicas. Desde então eu tenho um bloquinho de canções dele que sempre que posso, canto nos meus shows. O clássico “Garçom”, “A raposa e as uvas” são as que não podem faltar. E faço isso não só para homenageá-lo, mas também porque ele era uma pessoa que eu gostava muito.
REDAÇÃO –O que você espera do público caruaruense para esta apresentação na Feijoada em Cartaz?
CLARA SOBRAL – Espero ter a alegria contagiante e a animação do público caruaruense em dobro esse ano. Até porque eu me considero de Caruaru, é a terra natal da minha família. Me apresentar na Feijoada foi maravilhoso e este é o meu segundo ano consecutivo no evento.
REDAÇÃO – Quais as suas influências da música?
CLARA SOBRAL – Desde pequena, eu só escutava MPB. Então, esse é estilo é uma coisa que eu amo muito. Quando eu resolvi montar a banda, escolhi o gênero axé mais por uma questão de mercado. O axé faz parte e um mercado mais vendável, é uma coisa mais animada e que eu também gosto muito. Eu sempre fui fã de Ivete Sangalo. Ela, pra mim, é um ídolo. E não só na parte artística e musical, mas também como pessoa. Por isso ela é uma grande influência pra mim. Me inspiro em Ivete porque ela não toca só axé, ela toca de tudo. E isso meio que acaba abrindo vários caminhos na música. Além disso, escuto muito sertanejo, forró e pagode.
REDAÇÃO – Quais são os novos projetos da banda?
CLARA SOBRAL – Estamos querendo fazer a gravação de um DVD até o final deste ano e lançar uma música inédita nas rádios.