Na próxima quinta-feira, 25 de julho, a capital pernambucana receberá o lançamento do livro “Cartas de Santa Dulce – a face humana em todos nós” (192 páginas), que reúne manuscritos inéditos da primeira santa brasileira. Com texto de contracapa assinado pela atriz Fernanda Montenegro, a obra será lançada às 18h, no Teatro RioMar Recife, Piso L4 (Av. República do Líbano, 251 – Pina). O evento, que promete reunir devotos e demais admiradores da trajetória da freira conhecida como a Mãe dos Pobres, contará com a participação da sobrinha de Santa Dulce e superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) – instituição que acolhe hoje mais de 3 milhões de pessoas por ano – Maria Rita Pontes, que irá autografar os exemplares.
O lançamento terá a presença do maestro e músico José Maurício Moreira, que voltou a enxergar após pedir a intercessão da santa, depois de 14 anos de uma cegueira total – milagre esse que levou à Canonização de Irmã Dulce. Durante o evento, ele fará uma apresentação musical, no formato voz e violão, com um repertório de músicas que Santa Dulce dos Pobres gostava, como canções do Rei Roberto Carlos, e de outros grandes nomes da MPB, além de músicas de louvor, como Oração de São Francisco, Cristo Amigo, Hino de Santa Dulce e a canção Doce Luz. Natural de Salvador, o Miraculado José Maurício reside na capital pernambucana, onde as manifestações de fé e devoção à Santa Dulce estão presentes hoje em capelas dedicadas ao Anjo Bom.
Através do livro, o público pernambucano será convidado a um inédito e profundo mergulho na memória da religiosa baiana que construiu, a partir de um simples galinheiro, uma das mais impressionantes instituições sociais do país. A obra reúne 59 correspondências, como o bilhete, escrito por Irmã Dulce em 21 de julho de 1967, que ajudou dois jovens que passavam por dificuldades em Salvador a voltarem para suas casas. “Estes 2 rapazes pedem um transporte grátis até o Rio” – diz a nota manuscrita. Um dos moços, na época com 19 anos, era o escritor Paulo Coelho, que décadas mais tarde se tornaria um benfeitor da instituição social fundada pela primeira santa do Brasil.
No valor de R$ 75, Cartas de Santa Dulce terá 100% da receita obtida com as vendas revertida para as Obras Sociais Irmã Dulce – entidade que abriga hoje um dos maiores complexos de saúde do país com atendimento 100% gratuito. Entre o público acolhido pela OSID, estão pacientes oncológicos, idosos, pessoas com deficiência e com deformidades craniofaciais, pessoas em situação de rua, usuários de substâncias psicoativas, crianças e adolescentes em situação de risco social, entre outros. Realizado pela OSID, o evento de lançamento do livro conta com o apoio do Buffet Portofino.
A obra, que revela toda a humanidade daquela a quem o povo comparou a um “anjo”, foi organizada por um conselho editorial que por dois anos se dedicou à pesquisa e seleção dos manuscritos, incluindo postais e fotos da intimidade de Santa Dulce. O grupo contou com a participação, além de Maria Rita, da jornalista Luciana Savaget; dos museólogos das Obras Sociais, Osvaldo Gouveia, Carla Silva e Marcela Avendaño; da missionária Irmã Maiara Santos; do gestor do Complexo Santuário Santa Dulce, Márcio Didier; e do designer Gilberto Strunck.